O consumidor deu um passo importante para trás na decisão de compra, quem já entendeu esta realidade está começando a conversar com ele no momento certo.

 

Vamos explicar: parece óbvio para todos que a quantidade de informações para tomada de decisão na hora de escolher um produto ou serviço aumentou exponencialmente.

 

Parece obvio também que as pessoas estão usando isto de forma inteligente para decidir.

 

Sim, tudo isto é óbvio: o consumidor deu um passo atrás no sentido de que o momento anterior a compra, nomeado pelo Google de ZMOT (zero moment of trhuth) ganhou um peso decisivo no processo.

 

 A questão é, sua marca está lá desde o início dialogando com seu consumidor, ou chega atrasada quando ao menos 60% já decidiram pela compra?

 

Não adianta estar presente em mecanismos de busca, ter um blog ou estar nas redes sociais se você está ali para fazer uma oferta ou falar das funcionalidades do seu produto. Você já está atrasado.

 

Um passo atrás, da solução para o problema

 

As pessoas passam 50% do seu tempo on-line consumindo conteúdo. Quem tem um cachorro ou dor de cabeça, gasta muito tempo no trânsito, é aficionado por games, certamente, tem, em um destes temas, parte do conteúdo que consome.

 

Muitas marcas já entenderam que o diálogo com esses consumidores começa aí, ajudando a entender e buscar soluções para seus problemas.

 

A lógica é essa: quais são os perfis dos meus consumidores ideais? Quais são suas “dores”, seus desafios diários, seus interesses? Que tipo de conteúdo que ele gostaria de consumir e está vinculado à solução que eu ofereço?

 

Por exemplo, uma pessoa sofre de depressão e começa a buscar online possíveis tratamentos não medicamentosos. Descobre que animais de estimação são um excelente meio de minimizar os sintomas da depressão.

 

Neste momento, se você faz algum trabalho de terapia, tem uma academia e sabe que exercícios físicos são fundamentais para aliviar os sintomas, ou é uma nutricionista que sabe dos benefícios da alimentação para este problema, você perdeu um cliente.

 

Em seguida a pessoa vai dedicar parte do seu tempo on-line lendo sobre que tipo de animal é mais indicado, qual é a raça ideal, quais são os cuidados necessários ao comprar um animal, quais são os custos envolvidos, lê comentários de donos de outras raças e decide por um cachorro, Lhasa Apso.

 

Se você tem um petshop que vende gatos, ou um canil que vende qualquer outra raça, você acaba de perder um cliente.

 

Sem dúvidas, em todos esses momentos algumas empresas apareceram nos mecanismos de buscas, nas redes sociais e em blogs. Se, no início desse processo, uma nutricionista oferecesse um conteúdo relevante sobre a importância dos alimentos no tratamento da depressão, certamente, esse possível cliente teria direcionado suas pesquisas para alimentação saudável e bem estar.

 

Ao final, ao invés de voltar para casa com um Lhasa Apso, ele estaria agendando a sua primeira avaliação nutricional.

 

O que vem pela frente?

 

É nesse contexto que os canais de conteúdos nos site (antigos “blogs”), também chamados hoje de Brand Channels, vem ganhando cada vez mais força. Muitas marcas já se deram conta disso e estão saindo a frente de quem acha que o site é só um cartão de visitas virtual.

 

Os brand channels tem como objetivo divulgar conteúdos com a única finalidade de ser útil e educativo para seus potenciais consumidores, sem necessariamente expor a sua marca ou produto no primeiro momento.

 

Publicidade é conteúdo. As marcas hoje têm a oportunidade de trocar as mensagens curtas e unilaterais, focadas em falar de seus produtos e serviços, por um diálogo ao longo de toda a jornada de compras.

 

Desta forma é possível apoiar os clientes nas suas escolhas e estabelecer uma relação de troca. No fim eles reconhecem isto: 70% dos consumidores afirmam que marketing de conteúdo cria uma aproximação com a empresa.